A Rainha da Fronteira ... Bagé

O destino nesta viagem esta a 60 km do Uruguai.
Aproximar-se da Rainha da Fronteira é conhecer um pouco da cultura e história de uma terra de grandes tradições!
Em termos de patrimônio esta cidade oferece belezas como os museus DON DIEGO DE SOUZA (uma das construções mais antigas e belas de cidade inspirada no palácio de Queluz em Portugal, inicialmente construído pára funcionar como hospital, hoje abriga um grande acervo que retrata a história da região), o DA GRAVURA BRASILEIRA/CASA DE CULTURA PEDRO WEYNE ( ponto de referência para apreciadores de todas as formas de expressão artística )e o prédio da PREFEITURA MUNICIPAL ( com mais de cem anos, o belo edifico já abrigou uma cadeia e a câmara dos vereadores ). Ainda entre os locais que vale a pena conferir estão : CLUBE CAIXEIRAL, CLUBE COMERCIAL, PALACETE PEDRINHO OSÓRIO, IMBA - INSTITUTO MUSCIAL DE BELA.S ARTES, FORUM, edificações que compõem a riqueza arquitetônica da cidade que pode ser vista em cada rua e detalhe. Um potencial que está em todos os lugares, um presente aos olhos de quem visita essa terra que tem orgulho do seu patrimônio e não deixa de apostar no seu futuro.
Além de locais fascinantes, as Igrejas da cidade ( IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, IGREJA NOSSA SENHORA AUXILIADORA, IGREJA MATRIZ DE SÃO SEBASTIÃO ) são testemunho de grandes acontecimentos históricos, a exemplo da catedral da cidade que já recebeu monarcas e serviu como hospital durante a Revolução Federalista.
Bagé oferece também belezas naturais em meio aos casarios antigos. As praças DA REDENÇÃO, CARLOS TELLES e SILVEIRA MARTIN são um convite ao relaxamento.
Para os que gostam de esportes a cidade apresenta a completa estrutura do ginásio poli esportivo PRESIDENTE MÉDICI que é uma homenagem ao ex-presidente da República, nascido em Bagé.
No CERRO DE BAGÉ pode-se obter uma boa vista panorâmica da Rainha da Fronteira.
A cidade conta ainda com uma estrutura para quem resolve pernoitar e desfrutar um pouco mais do famoso frio da região pois além de hotéis tradicionais, há ainda os famosos hotéis fazenda ( POUSADA DO SOBRASDO, ESTANCIA LIMOEIRO, FAZENDA SÃO JOSÉ, POUSADA SÃO MARCOS, COLINA VERDE POUSADA E ESTANCIA RETIRO ).
Bagé é um convite ao rústico ...
O Brasil RS já teve a oportunidade de também experimentar Bagé através de sua relação com o cavalo crioulo (fizemos incomparável passeio pelas maravilhas da Estância São Francisco), e, deliciosamente através da gastronomia por conta do tradicional churrasco, atividade homenageada até com um grande evento local (a famosa ‘Festa do Churrasco’ que compõe a agenda de grandes acontecimentos juntamente com os eventos tradicionais do cavalo crioulo e de esportes e aventura).
Enfim ... Algumas vezes temos a oportunidade de traçar e conhecer caminhos como este, Bagé, que ficarão para sempre guardados na memória.

Madrid _ Bela e ‘latina’ Espanha

Sou uma fascinada pela Espanha sem nenhuma dúvida!!!
A região da Andaluzia me faz sentir ‘em casa’ ... Este ‘povo’ propõe os atrativos mais complementares de meu ser, uma cultura de mescla cigana, o flamenco, a gastronomia, as vestes tradicionais com cores marcantes e um toque exótico em tudo e em todos ... o estilo pouco Europeu de quem é peso significativo da comunidade européia ... algo meio sem explicação, sem lógica e por isso, diferente e muito atraente.
Só não consigo acompanhar os hábitos espanhóis no que se refere ao fato de pararem totalmente o dia para a famosa sesta [dormir depois do almoço pode ser saudável, mas é perda de tempo em relação ao aproveitamento de tantas possibilidades que o país oferece ... heheh]
Antes mesmo de chegar em suas terras a Espanha já oferece maravilhas e encantos!!
Nunca tive tão bela vista aérea quanto ao que apreciei em minha chegada ao solo europeu através do espaço aéreo deste país. O território espanhol visto de dentro do avião, durante o sobrevôo de quem vai chegando em Madri, é simplesmente uma ‘pintura’ das mais coloridas em telas com relevo ... Simplesmente a imagem que fica é de um terreno pintado a mão. Então, quando finalmente se pisa em solo espanhol já se pode dizer que é um solo abençoado e com todas as cores de um país alegre, místico, caliente, inebriante ( e ... que amo!!).
Talvez uma experiência que explique esta admiração seja a seguinte:
“ O sol que brilhava em Madri na minha chegada me fez pensar estar voltando para o Brasil, não conseguia respirar enquanto absorvia as primeiras impressões da cidade... Aquele ar foi tomendo conta de mim , foi me conquistando. Uma mistura de novo e antigo, um ruído elegante (por ser europeu) mas frenético (por ser resultado de uma metrópole). As longas e arborizadas avenidas acomodando prédios centenários e se acabando em praças ou em um belo e imponente chafariz. Out doors e molduras tradicionais de grandes espetáculos dividindo a atenção de quem passa. Os canais de circulação de trem e ônibus que descem e voltam do subterrâneo surpreendendo o passageiro com mais uma sensacional paisagem.”
Uauuuhhh!! Contagiei !! hehe. Espanha sempre!!!
Atrativos turísticos?? Muitos!!! De expressão e beleza ímpares :
Plaza Mayor, Fuente de Las Cibeles , Museu do Prado, Catedral de San Isidro, Puerta del Sol, Plaza del Oriente, Palácio Real, El Escoria, Santiago Bernabéu (estádio do Real Madrid) ... e por aí vai. Realmente muitas são as atrações, mas o encantamento deste local abençoado está em grande parte a partir de aspectos mais ‘humanos’, no brilho dos olhos dos “madrilenos” orgulhosos de sua cidade e de seus costumes e origens, empenhados em continuar o desenvolvimento que já lhes deu o muito que conquistaram. Enfim ... tudo se resume no astral deste paraíso espanhol, e em uma palavra: festa ( tão bem representada pela vida noturna de muita intensidade)!!
Madrid é um ‘festejo’ só!! A España também!!

Turismo (relaxamento, prazer, harmonia c a natureza...) Rural

Algumas reflexões a respeito do meio rural valoriza um tipo de turismo que pode ser feito sem grandes poupanças e que não exige muito tempo e planejamento, só precisa querer um dia, ou algumas horas de descontração, diversão e tranqüilidade.
O interessante deste tipo de aventura alternativa é o encontro e a troca entre a cultura da cidade e a rotina, os animais e as tarefas no campo.
Talvez uma forma de resgatar algo mais primitivo, menos desprovido de cotidiano e metropolitano... mais autêntico! Com certeza uma forma de relaxamento, descontração e até mesmo meditação a partir da simplicidade e beleza da natureza e da parceria dos animais.
Atividades é que não faltam quando se escolhe sair dos centros urbanos para encontrar com uma ‘rotina’ diferenciada, simples passeios a cavalo, verdes trilhas ecológicas, vivências na lide campeira, apreciação do amanhecer ou chimarrão no pôr do sol, cachoeiras, corredeiras, lagos, riachos, pesca em açudes e ... uma infinidade de ‘funções’ completamente renovadoras e prazerosas para quem não tem isso tudo no seu dia a dia.
Ahhh!! E tem mais... para quem pretende se ausentar por mais que algumas poucas horas ... a hospedagem (pousadas aconchegantes, rústicas, construções antigas e cheias de história) e a culinária campeira ( rural, variada, com muitas influências, fartura e pouca cerimônia).
Realmente dar-se ao luxo do contato com o meio rural e com quem nele vive e dele sobrevive é uma experiência pelo menos curiosa, pois de um dia assim ficam muitos vínculos de amizade e parceria entre aqueles que nem sempre se encontram neste cenário natural, mas que fazem um bom trabalho juntos (principalmente o homem e o cavalo) e ... certamente, muitos momentos tranqüilos p lembrar até a próxima vez de juntar o campo e a cidade!

PARIS _ Muitas vezes, talvez sempre, mais que ‘apenas’ a cidade luz!

Paris é Paris !! Inquestionável, poderosamente bela e a ‘mais mais’ de todas !!!
Será que eu adoro esta capital francesa???
Hehe
Na dúvida respondo assim:
‘Libertar-se’pelas possibilidades desta bela cidade, coração da França, é como perder-se na história e nos encantos de páginas de livros e em imagens das obras de grandes pintores.
Monumentos que misturam-se harmoniosamente e pontos turísticos que se encaixam uns dentro dos outros ... É um deslumbrar-se que não tem fim!!! Grandes avenidas e pequenas ‘ruelas’. São suspiros e perdas de fôlego subseqüentes. Paris é um encantar-se a cada momento.
Tudo compõe o cenário, pois, quando já estamos ‘infestados’ daquela sensação, daquele ar tão ‘francês’, tudo passa a conspirar a favor do encantamento. Os carros que passam sem perceber que estão incrementando os delírios turísticos do indivíduo que por Paris circula. O próprio parisiense ... O garçom que não retorna a mesa para não atrapalhar sua refeição ( pode parecer desinteressado, mas é francês), o taxista que não pega o passageiro fora do ponto de táxi ( pode parecer inadequado, mas é francês), o atendente que se divide em atenções com outros clientes (pode parecer pouco educado, mas é francês) ... O perfume comprado na Sephora em plena Avenue des Champs_Elysées (pode parecer o melhor do mundo , e, é, pois é francês).
Andar por Paris é uma das grandes aventuras na Europa, até o metrô parisiense consegue ser atrativo ( não conheço nenhum sistema subterrâneo mais prático e fácil). Meus últimos dez dias em Paris foram como se eu já tivesse um mapa da cidade automático em minha cabeça, entrando e saindo do subterrâneo nos pontos e locais certos sem fazer nenhum esforço, tamanha a facilidade de entender a cidade e as indicações (turísticas).
Parar em um sinal e observar os transeuntes significa conectar-se às mais diversas línguas e conhecer os mais diferentes povos ... Entre conversas ( muitas delas não compreensíveis), comentários (alguns dos quais me animei a traduzir mais pelo gestual do que outra coisa) e suspiros em diversos idiomas percebe-se uma ‘absoluta certeza’ : Paris é demais, além da conta, surpreendente, ‘vraiment superbe’!
Seguir uma as vias de água de Paris, coisa das mais simples, deslocar-se pelas margens do Rio Sena, a pé sim, sem luxo algum , parando nos livreiros a procura de uma pérola ... ir de ponte em ponte apreciando os artistas de rua que surpreendem com seus espetáculos autênticos e ímpares ... ou então, acomodar-se num “petit bateau” e deixar-se levar pelo fluxo deste mesmo rio enquanto seus olhos quase não dão conta das belezas que se acumulam nas margens, uma após outra, sem trégua.
E ...
Le grand moment!!! Uffeee !! Mon Dieu!! La Tour Eiffel em seus mais de 300 metros de beleza, é a verdadeira Grande Dama Parisiense.
Não importa se você está no alto, abaixo, ou, num dos pés da torre, ela é com certeza a mais bela vista, pois fala por si. Paris é bela se vista do alto da torre... mas a torre é igualmente bela vista em si. Eu particularmente tenho uma sensação de poder e absoluta segurança ao estar ao lado de tão forte e imponente estrutura, frágil talvez apenas em sua elegância. Sentar-se num bistrôt em um dos diversos pontos de Paris de onde se pode ver a fantástica estrutura metálica ( talvez a mais charmosa e imponente trama de ferro do mundo) se acender ao cair da noite, pedir um cálice de vinho acompanhado de um croissant e esperar o espetáculo começar. É ímpar!!! Somente Paris oferece esta cena tão ‘francesamente única’.
Mas a cidade (que mais gente estranha recebe em todo o mundo) tem mais, bem mais. Ir a Paris e não entrar e sair de catedral do corcunda, várias e várias vezes , não é ir até lá. Notre Dame de Paris, ‘la plus belle cathédrale’. A beleza mais ‘rústica’ que meus olhos já viram. O eco no interior da edificação grita anos e anos de fé, as pedras perfeitas, frias e sólidas na altura das cúpulas orientam para uma perfeição impossível sem a engenharia atual (surreal para o século 12). Enfim ... esta visita exige que o turista extasiado, ao sair do interior da imponente obra, sente-se nos jardins que cercam a catedral e beba de água pura e saborosa nas fontes naturais que incrementam o espaço.
Plus ... encore... A Avenida dos Campos Elíseos, La Champs-Elysées, tem todo o mérito da mais bela avenida do mundo simplesmente por acolher pontos de beleza ímpar e de peso histórico como o Arc de Triomphe, a Place de La Concorde, o Le Grand Palais... e as diversas lojas, cafeterias, restaurantes e ruas que confluem para ela atribuindo-a ainda mais valor.
Bien... Falar que Paris é uma cidade preparada para o turismo, pronta para a demanda, equipada e dedicada a esta atividade, seria chover ( mais um dos charmes da capital francesa) no molhado sendo que a ‘ville’ mais visitada do mundo não poderia funcionar diferente.
E apenas para ‘lembrar o inesquecível’:
A Praça Charles de Gaulle abrigando o Arco do Triunfo ... Montmartre o bairro boêmio da cidade que ainda se anima com a presença de artistas pelas ruas, famoso pelo seus cafés, estúdios e nightclubs (como o Moulin Rouge)... A Basílica do Sacré Coeur no ponto mais alto da cidade, topo da montanha de Montmartre ... La Défense o ponto mais futurístico de Paris abriga um fantástico centro financeiro (não se pode deixar de visitá-lo na hora do ‘pique’, é estonteante conferir o entra e sai dos executivos no metrô) ... Centro Georges Pompidou, arte é tudo por lá... O Museu de Orsay, a antiga estação de trem que hoje reúne a arte impressionista ... Saint-Germain des Prés para tomar um café com as lembranças existencialistas de Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre... O Museu do Louvre que dispensa qualquer comentário além de abrigar a Mona Lisa...
E assim ficaría viajando por Paris a vida toda!!!
Alguma dúvida ainda do quanto eu amoooo a Cidade Luz??

Piratini _ Capital Farroupilha !


Uma viagem pelo encanto e o interesse pela história da primeira capital Farroupilha é o q leva turistas à Piratini, cenário de importantes acontecimentos do Rio Grande do Sul.

Aconteceu a partir do momento em que 48 casais açorianos chegaram às virgens terras e fundaram a capela Nossa Senhora da Conceição ... e ...menos de meio século depois, Piratini ganhou importância ao tornar-se a primeira capital farroupilha.

Andando pela cidade o turista se transforma em personagem e pode vivenciar os fatos da época da revolução a partir do centro histórico que conserva prédios centenários, testemunho dos feitos Farroupilha. Este tour chamado de “Caminho Farroupilha” é a encenação dos principais fatos que marcaram a Revolução e proporciona ao espectador uma volta no tempo. É praticamente um cenário a céu aberto! O passeio apresenta os locais e personagens que construíram uma identidade para o sul do Brasil.
‘ No Palácio da República, nomes como Coronel Bento Gonçalves traçaram a história do Rio Grande!’
‘ A criação de órgãos oficiais para a nova República, fez surgir o jornal “O POVO” sediado na casa onde residia Garibaldi.’
‘A sede do ministério no período revolucionário, abriga hoje o Museu Histórico Farroupilha.’
‘A Casa de Camarinha, residência do primeiro morador da cidade, hoje funciona como secretaria de cultura e turismo.’

Além de respirar história, pode-se também, descansar apreciando uma bela paisagem com ótimas opções de turismo natural, opções de gastronomia e hotelaria, além de locais de próspero e determinado empreendedorismo, como numa fábrica que exporta um dos artigos mais gaúchos, a bombacha ( Shamsa).
Enfim ... posso dizer que visitar esta cidade é como voltar no tempo, mergulhar na história e redescobrir origens! Assim é o ‘pacote’ de emoções que se leva de Piratini.

Breve “histórinha” na Rota Romântica

Toda a reflexão se passou a partir do seguinte cenário:

“ Porto Alegre 38 graus ... calor insuportável ao longo de uma semana de dias quentes, abafados e de muito trabalho que culminava com um compromisso na Serra Gaúcha.
Já no trânsito, entre alguns comentários, o motorista me perguntou a respeito do trajeto preferido para aquele dia de subida em direção aos encantos da região serrana ... Não hesitei !!!
Fui clara e decidida quando respondi: Rota Romântica!
(Afinal, eu queria inspiração, ar fresco o mais rápido possível, boa estrada, tranqüilidade, algumas fotos para ilustrar um artigo sobre belas estradas e também ansiava por momentos de relaxamento para encarar a seqüência do dia...)”

Aqui começa a questão propriamente dita ... quão fácil, automática e próxima pode ser a solução para quem escolhe se dar momentos de prazer e relaxamento mesmo envolvido em rotinas profissionais ou pessoais intensas.

Vivemos num estado de facilidade para buscar qualidade de vida e paz de espírito, só basta em primeiro lugar querer, e, depois, olhar ao redor (ou, um pouquinho “ali”, “adiante de si”) para sair da rotina que consome e desgasta. Privilegiado é o gaúcho!!!

Para exemplo disso está minha experiência de ter desfrutado (durante um dia desgastante de trabalho) momentos de prazer, beleza e recarga energética enquanto apenas me dirigia ao delicioso frenesi turístico de Canela e Gramado (distante da capital apenas uns cento e poucos quilômetros).
Enquanto me deslocava (e parava ... pois o, já citado, motorista teve que fazer vários “Pit-stops” em função de meus pequenos “deslumbres momentâneos” e das muitas “vistas” que me vi obrigada a registrar) deixei-me passar por vilarejos harmonizados ao visual campestre, serrano e bucólico, cruzei por trevos, rotatórias e entroncamentos floridos e cuidados como um jardim particular, assim como por municípios organizados e mobilizados em impressionar o indivíduo “en passant”, apreciei paisagens de perder o fôlego, vias sinalizadas e limpas ... restaurantes e paradouros com intermináveis indicações de café colonial e comida típica ... e, como se não fosse o suficiente, para completar minhas boas sensações, tudo vinha embalado por uma brisa fresca e extasiante que faz o viajante não querer mais que a “viagem” acabe!

É verdade ... para viajar no Rio Grande do Sul não se precisa muito ... tudo é uma questão de saber olhar e valorizar uma subida ao “espaço serrano”, uma paradinha no “duplo litoral”, uma escapadinha até a “ extensão fronteiriça”, ou ainda, uma rápida descida ao “paraíso dos campos do sul”!

Buenos Aires sob um olhar gaúcho

Uma viagem aos encantos do tango pelos bons ares da Argentina faz bem !
Muito bem!
Buenos Aires, uma localidade dedicada ao turismo, explorando a cultura de forma eficaz e impressionante. Cassinos, casas de espetáculos (essencialmente de tango, é claro), apelo comercial e gastronômico em função dos visitantes, uma vida noturna e cultural intensa e de causar inveja aos grandes centros europeus.
Considerada por muitos como a capital mundial do tango deve, então, carregar consigo a fusão de gêneros europeus e africanos deste ritmo nas margens do Río de la Plata.
Muy Buenos Aires está repleta de tanguerias com orquestras e bailarinos ao vivo dedicados a envolver o turista nesta cultura forte, dramática, melancólica, popular e impressionante.
Bom...
Além disso?
Teatros. Livrarias antigas e novos centros culturais. Mais de cem museus. Feiras de artesanato e modernos centros comerciais. Cafés históricos. Parques. Bares. Murais com motivos tangueiros em El Caminito (La Boca). Eventos. Atividade noturna permanente. Gastronomia. Esporte. Bosques e lagos. Praças. Uma reserva ecológica. Duas Costaneiras (Norte e Sur). Jardim Zoológico. Jardim Botânico. O único parque religioso da América Latina, reproduzindo o cenário de Jerusalém há mais de 2000 anos (Tierra Santa).
É ... Uma ‘Metrópole’ ... Cultural, artística e natural ... tão encantadora quanto vários dos ‘recantos’ do Rio Grande do Sul!
Me (nos) pergunto, com base neste comentário, o que falta para que o gaúcho veja seus destinos, sua cultura, seus encantos e seu povo como verdadeiro potencial turístico?
Ainda mais ... Para quem me pergunta (sobre o motivo que me leva a perguntar isso), só existe uma resposta: Observem o “Estado Gaúcho”!

Algo mais ... além de doces águas na Lagoa dos Patos



Incrível descrever a sensação de embarcar cedo da manhã, em um dia de sol e clima agradável, às margens do Arroio Pelotas, e partir por suas águas buscando a lagoa. Uma pequena expedição, porém, com certeza uma deliciosa quebra de rotina na qual
o Brasil Rs pode conferir uma curiosa relação entre o homem e a natureza (daria para dizer, uma paixão que move tripulação, água, ar e barco numa aventura).
Talvez o turismo por estas águas seja uma das formas mais relaxantes de se “desligar” de tudo e descobrir novos horizontes. Várias são as oportunidades que surgem a partir do fato de ser profundamente agradável se sentir cercado de muito (pássaros, peixes, paisagens, fluxo de águas, trânsito de grandes e pequenas embarcações com diferentes finalidades, ilhas, sol, nuvens) e ao mesmo tempo de nada (a imensidão da lagoa fascina e relaxa, uma receita de tranqüilidade muito interessante, é você e um horizonte de águas tocados pelo balanço do vento), neste momento não importa o que ficou para trás nem o que está por vir, apenas importa o momento de ir ... surfando, em um veleiro!
Descobrir um pouco dos encantos da Lagoa dos Patos, e de todo o complexo náutico da região que a abriga, me fez refletir algumas coisas a respeito de um maior aproveitamento deste potencial extraordinário.
Primeiramente alguns dos pensamentos referentes à prazerosa aventura de velejar, e, não são poucas as percepções despertadas por ela.
“...estar no comando de um barco é ter a sensação de rumo certo.”
“... ser tripulante da embarcação é um ‘desfrute’ simplesmente, e, deixar-se levar pelos ventos que acariciam as velas é melhor ainda.”
“...o prazer de deslize sobre as águas, indefinível.”
“...o barco sendo tocado pelo vento numa direção ‘determinada’, com a sensação de ir abrindo espaço numa ”estrada d’água” que se rompe ao forçar do casco.”
“...bordejar, arriar e adriçar velas, numa melhor opção constante.”
“... estar ao leme sugerindo a entrega da tripulação à íntima relação entre o ‘comandante’, as velas e o vento.
Enfim, velejar não é sair em rumo reto. Na verdade velejar é olhar e escolher de que forma chegar a determinado lugar, de acordo com as possibilidades oferecidas pelos ventos e pela água. O tempo todo é um ir e vir com aproveitamento da melhor situação que se apresenta.
Velejar é também ‘ilusão’, pois, dar direção à embarcação ‘sugere’ estar no comando, mas na verdade tudo não passa de uma ‘negociação’ com a natureza e um ‘saber explorar’ o que ela oferece.
E... as atividades dentro de um barco simulam as decisões e sentidos da vida real !
Talvez aí esteja o ponto onde tudo isso tem muito haver com turismo e desenvolvimento.
Nesta ocasião, sendo levada pelas águas da lagoa, a partir de Pelotas, pude conferir nas palavras de um experiente velejador que a vida pode ser ‘comparada’ às atividades do velejar. Alguns velejadores afirmam que no barco encontram-se em situações de real semelhança com as vivências fora do prazer náutico, ou seja, na vida ‘real’, quando contam do exercício da paciência frente as calmarias. Ou, outros que também vêem as mudanças de bordo, a tomada de rumo e o desvio de obstáculos em um barco serem inspiração ou reflexão no que se refere aos conceitos da ‘própria vida’.
Feliz ... neste desfrute de ventos pela lagoa me peguei refletindo esta relação ... vida & velas. Pensei no verdadeiro aproveitamento deste potencial náutico em função do desenvolvimento turístico e consequentemente econômico do RS e principalmente da região sul (tão rica e tão ‘inocente’ nesta riqueza).
[Quanto tem a lagoa para oferecer? O quanto e quem o potencial náutico pode influenciar? Quanto existe de necessidade e oferta para momentos ecológicos, relaxantes, prazerosos, ambientais, sociais ...? Por que motivo poucos pensam nisto?]

Seria esta uma sugestão???!!

Encantos na região da COSTA DOCE




Uma viagem em busca do potencial da região turística da Costa Doce (15 municípios - Chuí, Sta.Vitória do Palmar, Rio Grande, Pelotas, Jaguarão, Piratini, Pedras Altas, São Lourenço do Sul, Camaquã, Arambaré, Tapes, Barra do Ribeiro, Sertão Santana, Mariana Pimentel, Guaíba em 30 dias).
Uma proposta de desbravar uma região de surpresas e encantos ímpares!
E ... o mais importante, a receptividade dos anfitriões, para dar uma pequena noção das riquezas deste roteiro interessante cada cidade ofereceu sua “prata da casa” já no primeiro dia de roteiro.
Detalhes dos principais momentos de chegada desta “excursão” em cada destino????
CHUÍ recebeu a equipe para o almoço e no La Mariela degustei o melhor pudim de claras do mundo. Depois chegou a hora de render-me ao visual do pôr-do-sol no ponto “mais extremo-sul” do país (ao chegar para o check in no hotel as imagens deste “fenômeno natural” não abandonavam minha mente tamanha a beleza do que vivenciamos enquanto captávamos o encontro entre as águas do oceano e a correnteza da Barra do Chuí). Para finalizar, entre gravações na Avenida Brasil/Uruguay, trocas de entrevistas com rádios e televisões de Montevideo e compras nos free shops, ficamos submetidos ao agradável fenômeno intercultural ponto alto desta região de fronteira.
SANTA VITÓRIA DO PALMAR surpreendeu-nos com um mergulho no mundo da paleontologia em seus museus e, depois da retomada de ar, com outro, nos encantos da Estação Ecológica do Taim (onde o sol nasce, brilha e se põe de forma a parecer que não passou um minuto, pois se vive de um só suspiro enquanto naquelas terras).
RIO GRANDE ofereceu-nos história e gastronomia seguidas de aventura com jipeiros e expedições em ruínas, e para encher o coração dos visitantes nos rendemos a os encantos e ofertamos nossas preces à Iemanjá na praia do Cassino.
JAGUARÃO levou-nos novamente aos momentos de fronteira, encantei-me com as potencialidades gaúchas na Cabanha Os Charruas na criação de cavalos crioulos e na relação histórica com as provas do Freio de ouro. Por fim esta cidade adoçou-nos com as delícias que retratam imagens locais em fotos de açúcar, os doces e o espinhaço de ovelha na panela de ferro me deram o exato sabor deste local que é nosso limite com o Uruguai em Rio Branco.
PIRATINI foi a “presença viva” da história farroupilha. O cenário dos acontecimentos e os personagens interagindo a céu aberto me ‘chamaram’ para reviver momentos determinantes do passado gaúcho. Nesta cidade me senti como se estivesse, em um palco ao ar livre, interpretando minhas próprias origens.
PEDRAS ALTAS recebeu-nos com a hospitalidade de suas aconchegantes pousadas rurais e com a gastronomia campeira baseada em carne de primeiríssima assada na brasa. Andei por campos e propriedades rurais de enorme extensão que oferecem paisagens amplas com beleza a perder de vista.
PELOTAS foi um roteiro impressionante pelo centro histórico de grande valor e pelas águas e belezas da Praia do Laranjal. A experiência nesta cidade é válida pelos contrastes entre o sal e o açúcar que misturam a cultura doceira e a história do charque num agradável clima de passado.
SÃO LOURENÇO DO SUL mostrou-se encantadora na recepção e no café da manhã da Pousada Velho Estaleiro (tudo com toques de “esteja em casa” e feliz), no empreendorismo do novo roteiro “Caminho Pomerano”, nas praias com margens sinuosas e no tour histórico pela lagoa que nos remeteu aos tempos da revolução.
CAMAQUÃ apresentou-nos o comércio regional, as praças e os prédios históricos, mas, encantou realmente a equipe com a magia do Sítio Água Grande (Fundação Barbosa Lessa), o clima deste lugar deixou-me verdadeiramente ‘encantada’ no sentido mais fantasioso que esta palavra pode oferecer, pois ali as quedas d’água são mágicas além de lindas.
ARAMBARÉ abriga um verdadeiro tesouro natural a 2ª maior figueira do estado e recebeu-nos nas belas praias que são verdadeiros recantos de lazer e tranqüilidade.
TAPES apresentou-se como a cidade dos grandes e inúmeros eventos, e, de belezas naturais, do Clube Náutico Tapense e do Camping Pinheirais da Lagoa.
SERTÃO SANTANA levou o Brasil RS através das trilhas de ecoturismo para apreciar as mais interessantes vistas da cidade, e, valeu cada momento com a natureza.
BARRA DO RIBEIRO “exibiu-se” com pontos muito interessantes desde a hospedagem na Pousada Alma Zen, a gastronomia com tradição do Recanto Borguetti e os passeios de barco pelas praias de beleza natural adequadas para esportes náuticos.
MARIANA PIMENTEL apresentou todo o misticismo ao redor da fantástica Pedra Equilibrada que desafia os conceitos mais profundos de gravidade em termos de pedra sobre pedra. Por fim esta cidade mostrou um grande apelo pela preservação da natureza em seus galpões de reciclagem, onde garrafas plásticas são transformadas em arte o ano todo para decorar a cidade.
GUAÍBA foi um tour entre o Sítio Histórico e o Marco Farroupilha em nossa última parada antes de voltar à capital do estado com uma “bagagem” maravilhosa e completamente encantados com a Região da Costa Doce.